Thursday, March 23, 2006

Humilhação: 10 (parte dois)

Continuando com o ranking dos 10 acontecimentos mais humilhados da Pry na escola. Se você não leu a primeira partes, deixa de ser laranja, desce a barra de rolagem e lê o post anterior ;]

7. Outra história do primeiro ano do ensino médio. Era o teatro interdisciplinar da escola. Já tendo aprendido a lição, Pry dessa vez resolve não se envolver na parte artística da coisa e sim ficar nos bastidores. Roteirista, figurinista e assistente de cenário, tudo parecia muito fácil. Foi então que na hora de montar uma parte do fundo (uma que ia ficar visível o TEMPO TODO), percebeu-se que era preciso que uma pessoa ficasse segurando o tecido por trás. Como todo mundo já tinha função e a Pry era praticamente um trabalhador infantil de terceiro mundo, lá foi ela escalada pra fazer o trabalho que ninguém queria em troca de absolutamente nada. Ao lado da Pry, havia uma maquina de fumaça (aquelas de gelo seco), da onde saía uma mangueira q passava por baixo do tecido e dava aquele clima legal [?] pro teatro. Tudo ia bem até as cortinas abrirem e os atores começarem a despirocar na frente da Pry (não que ela tivesse vendo alguma coisa). O tecido era baixo, então ela estava sentada e toda contorcida pra que sua cabeça não aparecesse e com os braços pra cima, já dormentes. Foi então que a máquina começou a funcionar. O que ela não contava era com o fato de algum engraçadinho havia chutado a máquina previamente e deslocado o diabo da mangueira. Em outra palavras, a fumaça foi toda na cara da Pry. Não se engane, não era pouca. Pry sentia-se um presunto sendo defumado e não conseguia respirar ou enxergar mais nada, Só tinha repentes de imagens onde ela observava – enquanto tossia seu baço - os colegas na coxia se matando de tanto rir. Uns foram levados pra ala hospitalar, mas NENHUM teve a perícia de ir socorrer a mais nova mortadela ceratti do colégio. Minutos depois, tremendo muito e achando que seus braços haviam gangrenado e caído, alguém socorreu a Pry. Ela não sabe quem foi, mas mandou dizer que é eternamente grata.

6. A cantina do colégio da Pry era uma selva. Cada criança por si, revelando sua verdadeira natureza selvagem e seus instintos animais. Pry nunca foi das mais delicadas, mas sempre foi franzina (com exceção dos 10 as 12 anos, onde ela era uma bolinha de energia, mas esse não era o caso). Bom, lá estava a Pry na janelinha da cantina esperando ser atendida até que a mulher pergunta o que ela quer.
Pry: [inserir algum salgado bem gorduroso e nojento, temperado com os dentes das mulheres da cantina] e uma SPRITE. (daquelas de copo)
A Mulher traz o refrigerante e o salgado e a Pry precisa sair daquela janelinha e ir comer. Mas isso não é fácil, porque ela está sendo violentamente comprimida contra a parede pelas pessoas disputando a vaga que ela cederá.
Pry, segurando o salgado numa mão e a Sprite na outra: Com licença?
*Ninguém se manifestou*
Pry: Com licença, POR FAVOR?
*Não obteve resposta*
Pry: aloooo?
*Nada*
Pry então toma uma medida desesperada. Ela olha pro lado e vê uma menina de cabelinhos lisos e mais baixa que ela e que convenientemente, a Pry nunca viu mais gorda. Sem pensar duas vezes, ela sacrifica uns goles da sua Sprite no cabelo limpo da menina.
*Menina poe as mãos na cabeça e começa gritar*
Forma-se, finalmente, uma clareira em volta da menina de pessoas enojadas e a Pry passa por elas saltitando. Ao fundo, ela ouve a menina em prantos. Se um dia ela ler isso, a Pry mandou dizer que lamenta, mas o mundo é dos espertos. :)

5. Outra história da cantina (agora vocês podem imaginar porque a Pry ficou tão gorda, uns anos depois). Ela sempre foi chegada numa discussão amigável (note como eu evito a utilização da palavra BARRACO). Enfim, Pry queria um pão de batata e estava na hora de pedir pra mocinha-que-registra-os-pedidos (essa também possuía um largo sorriso lacunal).
Pry: Moça-de-sorriso-lacunal, me vê um pão de batata!
*Moça-de-sorriso-lacunal registra o pedido (ela era de poucas palavras)*
Pry, tentando puxar conversa com a MdSL: O pão de batata continua 1 real né?
*MdSL, ainda registrando, levanta a cabeça e lança olhares matadores pra Pry*
Pry, segurando uma piadinha: Só perguntando...
MdSL: ¬¬
Pry, não agüentou: Não.. É por que esse pão de batata sofre mais a inflação do que a gasolina, né?
*Pega a fichinha e corre*
MdSL, ao fundo: #%¨$#@##


4. Segundo ano, intervalo da aula. Pry não se lembra bem o que aconteceu, mas estava na sala e alguém bateu/surrou/espetou/queimou/sei-lá-o-que seu pescoço, gerando um pequeno vermelho. Pry é muito branquinha, logo sua reação instintiva foi gritar (óbvio) e esfregar freneticamente o lugar atingido, aumentando ainda mais o vermelho e etc. Não obstante, lá foi a Pry ao banheiro jogar água gelada. O que era pra ser uma medida simplesmente ineficaz, transformou-se no maior erro daquele ano: ao sair da sala, Pry da de cara com o ‘inspetor’ do andar. Esse, por sua vez, não passava de um rapaz de uns 5 anos mais velho, no máximo, que verificava os uniformes, dava recados e carimbava as acadernetas. Sem poder perder a piada, o dito cujo olha pro pescoço (agora em mais de 30 nuances de vermelho) e grita, no corredor e –frisando novamente – no intervalo.
Inspetor engraçadinho: O que é ISSO Pry?!?!?!!? UM CHUPÃO?????
*Todo mundo olha*
Pry, poe a mão na garganta: Não.. foi o Fulano que....
Inpetor: MAS MEU DEUS, HEIN??? TAVA QUENTE A COISA LÁ DENTRO, ÃHN??
Pry, agora TODA vermelha (de raiva e de vergonha): Não, pô... Eu disse que...
Inspetor, rindo: PELAMORDEDEUS!!
*Agora todo o corredor está apontando e rindo*
*Pry corre pro banheiro*
Depois de alguns minutos, Pry sai imaginando que ninguém mais ia lembrar. Ao abrir a porta do banheiro, ela se depara com o inspetor usando um sorrisinho ridículo no rosto. Ele pega fôlego e grita: MULHEEEEEEEEEEER SELVAGEEEEEEEEEEEEEM.

Pronto. A Pry virou a “mulher selvagem” do andar até o final do ano. E NÃO era um chupão. NÃO ERAAAA. A partir desse dia, TODA vez que o Inspetor entrava na sala, fosse durante a aula ou não, ele gritava o novo apelido da Pry. A história se espalhou bem rápido e toda manhã, ao invés da resposta do ‘bom dia’ ela ganhava um ‘MULHER SELVAGEM’ dito a plenos pulmões, muitas vezes com eco, de qualquer pessoa que tivesse a oportunidade.

Muito em breve, as três maiores humilhações da Pry na escola!
;]

3 Comments:

At 1:38 PM, Anonymous Anonymous said...

Hahaha Mto boa, Pry! Gostei do teu blog ;)
Beijinhos

 
At 9:31 AM, Anonymous Anonymous said...

Mulher selvagem..... digo.. PRY...
essa sua idéia de postar suas humilhações eh simplesmente surreal.
eu acordei resmungando, e resolvi passar aki. agora estou com um sorriso lacunal!!
mto bom mesmo
mal posso esperar pelo próximo
=***********************

 
At 6:07 PM, Blogger Marcelo Araujo said...

MULHER SELVAGEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!

 

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